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Sabia que 44% das reformas em casa são feitas pelo conforto?

 

Trazer mais conforto é o principal motivo para 44% das reformas em residências, diz estudo

Estrutura, disposição e decoração de uma casa podem afetar diretamente o comportamento e as emoções humanas

IMAGEM PEXELS

A busca pelo conforto é o principal motivo para os brasileiros reformarem suas casas. Segundo estudo realizado pela Obramax, 44% das obras em residências são feitas com este objetivo. Outras motivações frequentes são mudar a decoração e energia do local e ampliação do espaço – lembradas, respectivamente, por 23,1% e 11% dos respondentes.

Mas por que a busca pelo conforto no lar se tornou tão importante? Como muitas mudanças nos últimos anos, ela tem origem na pandemia. Afinal, as medidas de prevenção da Covid-19 fizeram com que as pessoas passassem mais tempo em casa.

Desta forma, o ambiente domiciliar se tornou muito mais do que um espaço para descansar – virou também um local de lazer e de trabalho para milhões de brasileiros. A nota rotina provocou adaptações que buscavam praticidade, funcionalidade e conforto.

Por isso, houve um aumento nas reformas durante o período pandêmico. Segundo a AGP Pesquisas, 68% dos entrevistados realizaram algum tipo de reforma entre 2020 e 2021.

“As pessoas foram forçadas a ficar mais tempo em casa e, com isso, detalhes que passavam despercebidos começaram a incomodar mais, por exemplo, aquela mancha na parede, a lâmpada queimada”, conta Antonio Perina, diretor comercial da AGP e o responsável pelo estudo.

Durante os momentos mais tensos da pandemia, o bem-estar de todos estava em jogo, mas as soluções encontradas eram limitadas devido às circunstâncias da situação. O que estava ao alcance de muitos foi encontrar maneiras de alterar o cenário ao seu redor, no intuito de suavizar a apreensão do momento.

A casa e seu papel na saúde mental

A pandemia trouxe um senso de urgência bastante significativo em relação à adequação e organização, com uma origem muito relacionada ao trabalho remoto.

“Depois dessa transição grandiosa que vivemos, onde o home office passou a fazer parte da vida de um grande número de pessoas, percebeu-se a necessidade de ter espaços adequados e organizados para cada situação”, afirma o psicólogo Yuri Busin, doutor em neurociência do comportamento. Isso, segundo ele, ajuda a aliviar o estresse e contribui para a saúde mental.

A arquitetura, muito além de construir espaços esteticamente agradáveis, é uma poderosa ferramenta de estímulo humano, sendo capaz de influenciar fortemente o humor e o comportamento das pessoas. Um lugar sujo, por exemplo, traz sensações de mal-estar, podendo causar irritação e desconforto. Cores escuras e locais com pouca iluminação também são capazes de agravar ou provocar emoções desagradáveis.

Marilice Casagrande Lass Botelho, professora do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Positivo (UP) e sócia do escritório Estudiobo Arquitetura e Design, lista os fatores estruturais e de decoração que mais afetam as pessoas de maneira negativa. "Os aspectos mais prejudiciais à saúde mental dos usuários dos espaços normalmente estão relacionados a questões de proporção (problemas ergonômicos), incidência inadequada de iluminação natural, presença de ruído e uso inadequado de cores e textura.”

Quase oito anos se passaram desde a reforma na casa de Neide Kiyomi, de São Paulo, mas ela ainda se sente feliz por ter tomado a decisão de iniciar uma obra que durou cerca de seis meses. “Fiz uma reforma grande, com ampliação na parte de cima, praticamente mandei construir uma segunda casa. Foi bastante trabalhoso. Eu e meu marido tivemos que planejar até os mínimos detalhes, o que ajudou muito, mas ainda tivemos imprevistos. Reforma é assim mesmo.”

Ela conta por que decidiu fazer uma mudança tão relevante: mais espaço, aconchego e beleza. “A família estava crescendo e a casa acabou ficando pequena. Todo mundo ficava apertado e aí a gente perdia o conforto. Também estava tudo feio e ultrapassado, então também decidi reformar por uma questão estética. A gente se sente mais feliz quando a casa está bonita, porque é uma parte da nossa vida”.

“Estou pensando em fazer outra reforma de novo, dessa vez bem menor. Acho que já vou me sentir melhor só de pintar as paredes de outra cor”, ela revela, refletindo que gostaria de pintar a área externa do sobrado, hoje verde claro, com uma cor mais sóbria. “Algo parecido com concreto, talvez? Mais discreto e elegante. A gente muda de gosto quando vai envelhecendo.”

Casa e decoração: o que ajuda a evitar os sentimentos negativos?

Alguns elementos são os mais apontados por profissionais da área como os principais responsáveis pela arquitetura e decoração no que diz respeito ao humor.

Iluminação

A biologia dos seres humanos faz com que o metabolismo funcione melhor com a luminosidade, afetando a produção de hormônios que podem até mesmo causar alterações no sono e o desenvolvimento de depressão.

É recomendado dar preferência especialmente à luz natural.

Natureza

Mesmo os moradores das cidades podem incluir a natureza em suas casas, com objetos de madeira e pedra, luz do sol, vasos de plantas e flores ou simplesmente deixando o vento correr.

O encontro com aquilo que é natural é muito eficaz para o controle do estresse e da ansiedade.

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Cores

A psicologia das cores é o estudo que busca relacionar e compreender o comportamento humano com as cores. Estudos comprovam que determinados tons provocam certos sentimentos, o que influencia a decoração dos ambientes.

O Feng Shui – prática chinesa que usa forças energéticas para harmonizar as pessoas a partir do ambiente em que vivem – tem uma lista de cores para alguns ambientes ou objetivos.

Acredita-se que a paleta atrai e estimula boas energias para:

  • Criatividade: branco, tons pastéis e dourado.

  • Amigos: cinza, prateado, branco e preto.

  • Sucesso: vermelho, tons de laranja e verde.

  • Família: verde, azul, preto e vermelho.

  • Prosperidade: lilás, púrpura, roxo, azul, dourado, verde e vermelho.

  • Espiritualidade: azul, preto e verde.

  • Trabalho: preto, azul, branco e verde.

Em uma noção mais simples, é comum que profissionais da área de decoração recomendem cores específicas para os diferentes cômodos da casa. Os quartos, por exemplo, são geralmente pintados de cores mais frias e suaves, já que isso estimula a tranquilidade.

A sala de estar, por sua vez, pode ter cores mais fortes – com composição equilibrada –, como vermelho ou laranja, porque estimulam o convívio social e trazem mais vigor.

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